A Eletrobras informou ter realizado 80% dos investimentos previstos em seu orçamento de 2012. A companhia e suas subsidiárias investiram R$ 9,9 bilhões dos R$ 12,3 bilhões orçados.
Desse total, cerca de R$ 6 bilhões foram destinados a investimentos corporativos e R$ 3,9 bilhões a Sociedades de Propósito Específico (SPEs), responsáveis, por exemplo, pela construção das usinas do Complexo do Madeira e Belo Monte e do Linhão Tucuruí-Macapá-Manaus.
Segundo a empresa, o desempenho não foi melhor devido a atrasos no licenciamento ambiental dos projetos e ações na Justiça.
Do total investido, R$ 4 bilhões foram destinados à área de geração, R$ 3,4 bilhões à de transmissão, R$ 1,73 bilhão para distribuição (incluindo o projeto do governo federal Luz Para Todos). Outros destinos somaram R$ 712 milhões, informou a empresa.
terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
Presidente da Petrobras diz que não há como aumentar produção
A presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, disse que 2013 será um ano difícil para a companhia. Ao detalhar o resultado do desempenho da companhia em 2012 a investidores, ela afirmou, nesta terça-feira (5), que a produção média ficará no mesmo patamar do ano por conta de paradas programadas para manutenção das plataformas.
“Não temos condições de aumentar a produção nacional fisicamente. Vai ser um ano difícil para a produção de petróleo, que deve ficar em 2,022 milhões de barris por dia, a média de 2012, com variações em 2% para cima e para baixo. Se me perguntarem, digo que deve ficar em 2% negativo. A produção só vai começar a crescer no segundo semestre de 2013, com novas seis plataformas que estarão trabalhando ao longo do ano”, disse.
Ela afirmou ainda que não há projetos novos previstos para 2013. “Temos projetos maduros. É preciso recuperar a produção dos ativos em que já investimos, temos que trabalhar a logística e aproveitar as sinergias de ativos já existentes, incluindo Transpetro e BR Distribuidora”, explicou.
Graça disse que em 2012 foi um desafio manter a produção dentro da meta, ainda que o resultado final tenha ficado no mínimo do esperado, pois, segundo disse, ela não abre mão das paradas necessárias para manutenção das plataformas. E também por conta dos altos custos operacionais.
“Fizemos um trabalho forte de gestão em 2012 atingindo todas as camadas da empresa. E não pode continuar com custos operacionais na dimensão que vinham ocorrendo”, disse.
Segundo Graça, uma decisão acertada da companhia foi o investimento na recuperação da eficiência da Bacia de Campos. “Cresceu 11 pontos percentuais entre abril e dezembro de 2012”.
Reajustes não foram suficientes
Os três reajustes de preço do diesel, que somaram 16,1%, e os dois da gasolina, 14,9%, ocorridos nos últimos oito meses, não foram suficientes para eliminar as diferenças entre os preços domésticos e os internacionais, disse Graças Foster.
Segundo explicou, a divergência acentuada não foi causada pelo Brent, mas pelo aumento de 17% do preço dos derivados em reais.
“Os reajustes trarão para 2013 uma melhoria, mas não o conforto da paridade internacional. Nossa busca pela convergência com preços internacionais é permanente”, disse ela.
Graça disse ainda que com o crescimento do mercado acima do aumento da produção, causou uma maior importação de gasolina; já a maior carga nacional processada e a menor produção de petróleo impactaram a exportação em 2012. Com isso, o déficit comercial ficou em 231 mil barris por dia, o dobro do que foi registrado em 2011.
A presidente da Petrobras explicou que grande parte do desempenho da estatal abaixo do registrado em 2011 se deveu à despesa não prevista com poços secos, que chegou em 2012 a R$ 7 bilhões. Para 2013, a companhia trabalha com uma previsão de R$ 6 bilhões.
“Já houve mudanças políticas exploratórias para administrar o risco de poços secos na companhia que são mais caros”, disse.
Outra responsável pela queda na produção de petróleo em 2012 foi a paralisação das operações da Chevron no Campo de Frade, por conta de um vazamento em novembro de 2011.
“São menos 14 mil barris por dia em Frade. A Petrobras produziu menos 28 mi barris por dia por dificuldades operacionais previstas em 2012”, disse.
“Não temos condições de aumentar a produção nacional fisicamente. Vai ser um ano difícil para a produção de petróleo, que deve ficar em 2,022 milhões de barris por dia, a média de 2012, com variações em 2% para cima e para baixo. Se me perguntarem, digo que deve ficar em 2% negativo. A produção só vai começar a crescer no segundo semestre de 2013, com novas seis plataformas que estarão trabalhando ao longo do ano”, disse.
saiba mais
Na noite de segunda-feira, a estatal informou que, no acumulado do ano de 2012, seu lucro alcançou R$ 21,18 bilhões, uma queda de 36% em relação a 2011 (R$ 33,31 bilhões). A produção foi de 1.980 mil bpd no Brasil, 2% inferior à de 2011.Ela afirmou ainda que não há projetos novos previstos para 2013. “Temos projetos maduros. É preciso recuperar a produção dos ativos em que já investimos, temos que trabalhar a logística e aproveitar as sinergias de ativos já existentes, incluindo Transpetro e BR Distribuidora”, explicou.
Graça disse que em 2012 foi um desafio manter a produção dentro da meta, ainda que o resultado final tenha ficado no mínimo do esperado, pois, segundo disse, ela não abre mão das paradas necessárias para manutenção das plataformas. E também por conta dos altos custos operacionais.
“Fizemos um trabalho forte de gestão em 2012 atingindo todas as camadas da empresa. E não pode continuar com custos operacionais na dimensão que vinham ocorrendo”, disse.
Segundo Graça, uma decisão acertada da companhia foi o investimento na recuperação da eficiência da Bacia de Campos. “Cresceu 11 pontos percentuais entre abril e dezembro de 2012”.
Reajustes não foram suficientes
Os três reajustes de preço do diesel, que somaram 16,1%, e os dois da gasolina, 14,9%, ocorridos nos últimos oito meses, não foram suficientes para eliminar as diferenças entre os preços domésticos e os internacionais, disse Graças Foster.
Segundo explicou, a divergência acentuada não foi causada pelo Brent, mas pelo aumento de 17% do preço dos derivados em reais.
“Os reajustes trarão para 2013 uma melhoria, mas não o conforto da paridade internacional. Nossa busca pela convergência com preços internacionais é permanente”, disse ela.
Graça disse ainda que com o crescimento do mercado acima do aumento da produção, causou uma maior importação de gasolina; já a maior carga nacional processada e a menor produção de petróleo impactaram a exportação em 2012. Com isso, o déficit comercial ficou em 231 mil barris por dia, o dobro do que foi registrado em 2011.
A presidente da Petrobras explicou que grande parte do desempenho da estatal abaixo do registrado em 2011 se deveu à despesa não prevista com poços secos, que chegou em 2012 a R$ 7 bilhões. Para 2013, a companhia trabalha com uma previsão de R$ 6 bilhões.
“Já houve mudanças políticas exploratórias para administrar o risco de poços secos na companhia que são mais caros”, disse.
Outra responsável pela queda na produção de petróleo em 2012 foi a paralisação das operações da Chevron no Campo de Frade, por conta de um vazamento em novembro de 2011.
“São menos 14 mil barris por dia em Frade. A Petrobras produziu menos 28 mi barris por dia por dificuldades operacionais previstas em 2012”, disse.
Concórdia decreta situação de emergência
dias por causa da estiagem
(Foto: Prefeitura de Concórdia/Divulgação)
O decreto foi assinado pelo prefeito de Concórdia, João Girardi, na manhã desta segunda-feira (4). Segundo o decreto divulgado pelo município, a Estação Agrometeorológica da Embrapa Suínos e Aves indicou que desde o dia 8 de janeiro não choveu na cidade. Em todo o mês passado, o acumulado de chuvas foi de 117 milímetros. Nesta segunda-feira, a estação meteorológica registrou incidência de 12 milímetros de chuva no Distrito de Tamanduá.
De acordo com a Prefeitura, a administração municipal implantou 98 redes de água para tentar amenizar os prejuízos da estiagem. Elas abastecem mais de 1.700 famílias. Segundo a assessoria de imprensa, em 10 anos, o município registrou 12 períodos de estiagem.
Após tragéia do RS, pais acham vídeo da filha antes de ir á boate
Dias após o incêndio que deixou 237 mortos em Santa Maria (RS), a família de uma das vítimas teve uma surpresa quando pegou os pertences da filha. Bruna Occai, de Belmonte, no Oeste de Santa Catarina, gravou um vídeo antes de sair para a boate Kiss.
A jovem de 24 anos gravou um vídeo onde aparece sem aparelho ortodôntico. Segundo a família, ela havia acabado de tirar o aparelho. Os pais só conseguiram ver o novo sorriso da jovem, depois que pegaram o computador na casa dela. Nele, um vídeo mostra Bruna sorrindo e fazendo poses para a câmera.
Os pais de Bruna buscam nas fotos e objetos da filha lembranças e energia para superar a perda. Para a mãe, Cleci Occai, o maior sofrimento é ver tantos planos e projetos interrompidos. "O meu maior sentimento é por ser interrompido isso: por ela ser tão jovem, tão inteligente e com tantos sonhos", reflete a mãe. Ela era formada em biomedicina e estava em Santa Maria concluindo mestrado em bioquímica toxicológica na UFSM.
Bruna Occai gravou um vídeo antes de ir para a boate
(Foto: Arquivo pessoal)
Quando criança, Bruna tinha o costume de deixar cartas espalhadas pela casa para os pais e a irmã. Ela falava diariamente coma família, por telefone, mas na última semana de vida, decidiu resgatar o costume e escreveu uma carta para a mãe e outra para o pai. "E ela com toda a sinceridade dizia que amava a nós. Esse é o sentimento que fica, de gratidão e ao mesmo tempo, que não está mais entre nós", afirma o pai Antonio Occai.
Outra família catarinense também tenta superar a perda da filha. A mãe de Thaís Zimmerman Darif reservou um canto da casa para reunir os pertences da filha. A jovem de 19 anos tinha passado em quatro vestibulares e escolheu a Universidade Federal de Santa Maria porque a mãe havia estudado lá.
Thais Zimmermann Dariff (Foto: Arquivo pessoal)
Thaís tinha acabado de começar o curso. Denise Darif guarda com carinho a mochila e o jaleco da filha, que mal foram utilizados. "Eu quero manter a imagem dela viva. Claro que para nós isto é lógico. Ela sempre vai estar aqui com a gente. Só que eu preciso fazer alguma coisa a mais, para manter essa chama acesa", desabafou a mãe.
Dos 237 mortos no incêndio da boate Kiss quatro são catarinenses. Isabella Fiorini, Thaís Zimmermann Darif, Bruna Karine Occai e Marina de Jesus Nunes eram naturais da região Oeste.
A jovem de 24 anos gravou um vídeo onde aparece sem aparelho ortodôntico. Segundo a família, ela havia acabado de tirar o aparelho. Os pais só conseguiram ver o novo sorriso da jovem, depois que pegaram o computador na casa dela. Nele, um vídeo mostra Bruna sorrindo e fazendo poses para a câmera.
Os pais de Bruna buscam nas fotos e objetos da filha lembranças e energia para superar a perda. Para a mãe, Cleci Occai, o maior sofrimento é ver tantos planos e projetos interrompidos. "O meu maior sentimento é por ser interrompido isso: por ela ser tão jovem, tão inteligente e com tantos sonhos", reflete a mãe. Ela era formada em biomedicina e estava em Santa Maria concluindo mestrado em bioquímica toxicológica na UFSM.
(Foto: Arquivo pessoal)
Outra família catarinense também tenta superar a perda da filha. A mãe de Thaís Zimmerman Darif reservou um canto da casa para reunir os pertences da filha. A jovem de 19 anos tinha passado em quatro vestibulares e escolheu a Universidade Federal de Santa Maria porque a mãe havia estudado lá.
Dos 237 mortos no incêndio da boate Kiss quatro são catarinenses. Isabella Fiorini, Thaís Zimmermann Darif, Bruna Karine Occai e Marina de Jesus Nunes eram naturais da região Oeste.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
violencia
Mais um jovem é assassinado em Vargem Grande
![]() |
O jovem Luis Mário Pereira Portela foi assassinado na noite de ontem, em Vargem Grande. Segundo informações do Blog do Alpanir, "Marinho", como era conhecido, envolveu em uma confusão na travessa Horácio Gonçalves, nas proximidades do Peixe Vivo, e acabou levando um tiro a queima roupa de uma "Espingarda Soca-Soca", sua morte foi quase instantânea.
O disparo teria sido efetuado por jovem conhecido como "Véio". A Polícia já começou sua linha de investigação e já está à procura do assassino.
eleito com 56 votos
O
Senado elegeu nesta sexta-feira (1º), com 56 votos, o senador Renan Calheiros
(PMDB-AL) como presidente da Casa. Com isso, ele acumulará com o cargo a
presidência do Congresso Nacional e presidirá as sessões conjuntas de deputados
e senadores. Indicado pelo PMDB, maior bancada do Senado, e alvo de denúncia da
Procuradoria Geral da República, Renan assume pela segunda vez o comando do
Legislativo.
Renan
Calheiros retoma a Presidência da Casa após cinco anos. No final de 2007, ele
deixou o cargo em meio a denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar
pensão de uma filha fora do casamento. Absolvido pelo plenário, Renan continuou
como senador e era, até agora, líder da bancada do PMDB no Senado.
Em
razão dos mesmos fatos de 2007, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
denunciou o Renan ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada pelos
crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Se o
Supremo aceitar a denúncia, Renan Calheiros será réu e responderá a processo
criminal.
A
denúncia enfraqueceu a candidatura do peemedebista, que perdeu apoio do PSDB e
até do PSB, partido aliado do governo federal. Mesmo assim, continuou como
favorito ao cargo, já que contou com votos do PT, da maioria dos partidos da
base aliada e dos peemedebistas, com exceção dos "independentes", que não
costumam seguir orientação partidária.
O
peemedebista disputou o posto com Pedro Taques (PDT-MT), que teve apoio de
partidos da oposição e de senadores "independentes", Taques teve 18 votos. Dois
senadores votaram em branco e dois senadores votaram nulo.
saiba
mais
Renan
vai substituir José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado e do Congresso,
tornando-se o terceiro na linha de sucessão para presidente da República, atrás
apenas do vice-presidente da República e do presidente da Câmara dos
Deputados.
Caberá
a ele comandar sessões de votação, definir as pautas do plenário do Senado e do
Congresso, além de convocar votações extraordinárias e dar posse aos senadores.
O presidente do Senado também preside a Mesa Diretora, que comanda as atividades
da Casa, com orçamento de mais de R$ 3,5 bilhões e mais de 6,4 mil
funcionários.
Uma
das primeiras tarefas de Renan será resolver o impasse em torno da votação dos
mais de 3 mil vetos presidenciais pendentes na pauta. No ano passado, em meio à
pressão de parlamentares para derrubar o veto presidencial à Lei dos Royalties,
o ministro Luiz Fux, do STF, determinou a votação cronológica dos mais de 3 mil
vetos anteriores.
Além
dos royalties do petróleo, estão na fila vetos ao projeto do novo Código
Florestal, à lei que regulamenta os gastos em saúde e o que impediu o fim do
fator previdenciário.
Outra
tarefa do novo presidente de Senado e Congresso será comandar a votação do
Orçamento de 2013, que prevê as receitas e despesas dos três poderes para o ano.
A votação, que deveria ter ocorrido no ano passado, está prevista para ocorrer
na próxima semana, quando termina o recesso legislativo.
Ao
discursar antes da eleição, Renan comentou discursos de outros senadores sobre
ética e disse
que "a ética é dever de todos" no Senado.
“Alguns
aqui falaram sobre ética e, seria até injusto com esse Senado, que aprovou
celeremente, como nunca tão rapidamente outra matéria, a Lei da Ficha Limpa,
demonstrando que esse é compromisso de todos nós. Eu queria lembrar que a ética
não é objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil, é o interesse
nacional. A ética é meio, não é fim. A ética é dever de todos nós", disse
Renan.
Mesa
do Senado
Depois da eleição de Renan, o plenário do Senado aprovou a nova composição da Mesa:
Depois da eleição de Renan, o plenário do Senado aprovou a nova composição da Mesa:
Presidente:
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Primeiro vice-presidente: Jorge Viana (PT-AC)
Segundo vice-presidente: Romero Jucá (PMDB-RR)
Primeira secretaria: Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Segunda secretaria: Ângela Portela (PT-RR)
Terceira secretaria: Ciro Nogueira (PP-PI)
Quarta-secretaria: João Vicente (PTB-PI)
Primeiro vice-presidente: Jorge Viana (PT-AC)
Segundo vice-presidente: Romero Jucá (PMDB-RR)
Primeira secretaria: Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Segunda secretaria: Ângela Portela (PT-RR)
Terceira secretaria: Ciro Nogueira (PP-PI)
Quarta-secretaria: João Vicente (PTB-PI)
Os
suplentes são Magno Malta (PR-ES), Casildo Maldaner (PMDB-SC), João Durval
(PDT-BA) e Jayme Campos (DEM-MT).
Perfil
Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renan Calheiros foi eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Em 1994, assumiu o primeiro mandato como senador.
Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renan Calheiros foi eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Em 1994, assumiu o primeiro mandato como senador.
Em
1998, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1955-2002), foi
escolhido para comandar o Ministério da Justiça, cargo que ocupou até
1999.
Reeleito
senador em 2002, Renan Calheiros e o PMDB decidiram apoiar o governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Em 2005 foi eleito
presidente do Senado e do Congresso Nacional, cargo que deixou em 2007, acuado
por processos que poderiam custar seu mandato.
Atualmente,
o senador é investigado em inquérito no STF pelo suposto uso de notas fiscais
frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão da filha com
a jornalista Mônica Velloso. O peemedebista apresentou as notas, referentes a
suposta venda de bois, para se defender da suspeita de que a pensão era paga por
um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia de Renan comando do
Senado em 2007.
O
mesmo escândalo que derrubou Renan Calheiros voltou aos jornais com a denúncia
do procurador-geral, Roberto Gurgel.
eleito com 56 votos
O
Senado elegeu nesta sexta-feira (1º), com 56 votos, o senador Renan Calheiros
(PMDB-AL) como presidente da Casa. Com isso, ele acumulará com o cargo a
presidência do Congresso Nacional e presidirá as sessões conjuntas de deputados
e senadores. Indicado pelo PMDB, maior bancada do Senado, e alvo de denúncia da
Procuradoria Geral da República, Renan assume pela segunda vez o comando do
Legislativo.
Renan
Calheiros retoma a Presidência da Casa após cinco anos. No final de 2007, ele
deixou o cargo em meio a denúncias de que usou dinheiro de lobista para pagar
pensão de uma filha fora do casamento. Absolvido pelo plenário, Renan continuou
como senador e era, até agora, líder da bancada do PMDB no Senado.
Em
razão dos mesmos fatos de 2007, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
denunciou o Renan ao Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada pelos
crimes de peculato, falsidade ideológica e uso de documentos falsos. Se o
Supremo aceitar a denúncia, Renan Calheiros será réu e responderá a processo
criminal.
A
denúncia enfraqueceu a candidatura do peemedebista, que perdeu apoio do PSDB e
até do PSB, partido aliado do governo federal. Mesmo assim, continuou como
favorito ao cargo, já que contou com votos do PT, da maioria dos partidos da
base aliada e dos peemedebistas, com exceção dos "independentes", que não
costumam seguir orientação partidária.
O
peemedebista disputou o posto com Pedro Taques (PDT-MT), que teve apoio de
partidos da oposição e de senadores "independentes", Taques teve 18 votos. Dois
senadores votaram em branco e dois senadores votaram nulo.
saiba
mais
Renan
vai substituir José Sarney (PMDB-AP) na presidência do Senado e do Congresso,
tornando-se o terceiro na linha de sucessão para presidente da República, atrás
apenas do vice-presidente da República e do presidente da Câmara dos
Deputados.
Caberá
a ele comandar sessões de votação, definir as pautas do plenário do Senado e do
Congresso, além de convocar votações extraordinárias e dar posse aos senadores.
O presidente do Senado também preside a Mesa Diretora, que comanda as atividades
da Casa, com orçamento de mais de R$ 3,5 bilhões e mais de 6,4 mil
funcionários.
Uma
das primeiras tarefas de Renan será resolver o impasse em torno da votação dos
mais de 3 mil vetos presidenciais pendentes na pauta. No ano passado, em meio à
pressão de parlamentares para derrubar o veto presidencial à Lei dos Royalties,
o ministro Luiz Fux, do STF, determinou a votação cronológica dos mais de 3 mil
vetos anteriores.
Além
dos royalties do petróleo, estão na fila vetos ao projeto do novo Código
Florestal, à lei que regulamenta os gastos em saúde e o que impediu o fim do
fator previdenciário.
Outra
tarefa do novo presidente de Senado e Congresso será comandar a votação do
Orçamento de 2013, que prevê as receitas e despesas dos três poderes para o ano.
A votação, que deveria ter ocorrido no ano passado, está prevista para ocorrer
na próxima semana, quando termina o recesso legislativo.
Ao
discursar antes da eleição, Renan comentou discursos de outros senadores sobre
ética e disse
que "a ética é dever de todos" no Senado.
“Alguns
aqui falaram sobre ética e, seria até injusto com esse Senado, que aprovou
celeremente, como nunca tão rapidamente outra matéria, a Lei da Ficha Limpa,
demonstrando que esse é compromisso de todos nós. Eu queria lembrar que a ética
não é objetivo em si mesmo. O objetivo em si mesmo é o Brasil, é o interesse
nacional. A ética é meio, não é fim. A ética é dever de todos nós", disse
Renan.
Mesa
do Senado
Depois da eleição de Renan, o plenário do Senado aprovou a nova composição da Mesa:
Depois da eleição de Renan, o plenário do Senado aprovou a nova composição da Mesa:
Presidente:
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Primeiro vice-presidente: Jorge Viana (PT-AC)
Segundo vice-presidente: Romero Jucá (PMDB-RR)
Primeira secretaria: Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Segunda secretaria: Ângela Portela (PT-RR)
Terceira secretaria: Ciro Nogueira (PP-PI)
Quarta-secretaria: João Vicente (PTB-PI)
Primeiro vice-presidente: Jorge Viana (PT-AC)
Segundo vice-presidente: Romero Jucá (PMDB-RR)
Primeira secretaria: Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Segunda secretaria: Ângela Portela (PT-RR)
Terceira secretaria: Ciro Nogueira (PP-PI)
Quarta-secretaria: João Vicente (PTB-PI)
Os
suplentes são Magno Malta (PR-ES), Casildo Maldaner (PMDB-SC), João Durval
(PDT-BA) e Jayme Campos (DEM-MT).
Perfil
Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renan Calheiros foi eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Em 1994, assumiu o primeiro mandato como senador.
Formado em direito pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Renan Calheiros foi eleito deputado federal em 1982 pelo PMDB. Em 1994, assumiu o primeiro mandato como senador.
Em
1998, no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1955-2002), foi
escolhido para comandar o Ministério da Justiça, cargo que ocupou até
1999.
Reeleito
senador em 2002, Renan Calheiros e o PMDB decidiram apoiar o governo do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010). Em 2005 foi eleito
presidente do Senado e do Congresso Nacional, cargo que deixou em 2007, acuado
por processos que poderiam custar seu mandato.
Atualmente,
o senador é investigado em inquérito no STF pelo suposto uso de notas fiscais
frias para justificar, em 2007, que tinha renda para pagar a pensão da filha com
a jornalista Mônica Velloso. O peemedebista apresentou as notas, referentes a
suposta venda de bois, para se defender da suspeita de que a pensão era paga por
um lobista de uma empreiteira. O escândalo levou à renúncia de Renan comando do
Senado em 2007.
O
mesmo escândalo que derrubou Renan Calheiros voltou aos jornais com a denúncia
do procurador-geral, Roberto Gurgel.
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